quinta-feira, 8 de setembro de 2011

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O ambiente em minha casa está uma desgraça. Primeiro, descobri que o meu irmão mais velho, o João, é amigo do Pedro. Amigo não, colega na universidade. Estão os dois a tirar o mestrado. Mas o pior não é a descoberta, é a maneira como ela se desenrolou. Basicamente, o Pedro convidou-me para um jantar na casa dele com amigos. Como eu não conheço ninguém da idade dele, nunca me passou pela cabeça encontrar alguém conhecido. Só que encontrei: nada mais nada menos que o meu irmão. E fui eu que lhe abri a porta do apartamento do meu namorado, portanto imaginem a cara do João quando me viu, a mim, a irmã mais nova, a sua única irmãzinha. Foi o descalabro; ele, incrédulo e surpreso, a perguntar-me que raio é que fazia ali, que porra era aquela, e a chamar pelo Pedro, aos berros, para saber o que se passava. Bem, a namorada do meu irmão conseguiu acalmá-lo, pelo que o jantar acabou por se realizar. Mas depois fui logo para casa com o meu irmão, que felizmente não contou nada aos meus pais, embora me tenha pedido um relatório: e fez chantagem, isto é, ou acabo com o Pedro e os pais não sabem de nada ou então, se quiser tentar ficar com o Pedro, conto aos pais o que se está a passar e rezo para que eles percebam. Conclusão: estou fodida.
Para piorar o ambiente, o parvalhão do meu irmão mais novo, o Bernardo, arranjou uma namorada que me odeia e que passa a vida lá em casa a tentar fazer badalhoquices mesmo debaixo do meu nariz; sim, até no meu quarto já os encontrei na marmelada, quase a passar a fase seguinte. Como é óbvio dei um sermão à miúda, que é uma pirralha mimada, e ao meu irmão, que só tem quinze anos e juízo nenhum. Mas por falar em romances, a meu irmão do meio, o Gonçalo, começou a atirar-se à Mariana, que foi quem me apoiou quando o meu grupo se destruiu, por isso tenho que gramar com as arrelias deles os dois: andam a jogar ao gato e ao rato, enfim.
Além disto tudo, tenho ainda o facto da minha mãe me querer pôr num psicólogo, em vez de falar ela comigo. Também já sei como é, em breve irá para fora assistir a mil e uma palestras. O que significa que eu vou ficar em casa com o parvos dos meus irmãos e o meu pai que é professor de filosofia e passa a vida a divagar, acabando sempre por me tocar em todos os meus pontos sensíveis. Portanto, estão a ver como isto está, não estão? 

4 comentários:

Rosarinho disse...

a tua vida está como os desenhos das crianças, cheias de riscos e sem nenhum ponto que se pegue.
força*

Rita disse...

Pois, acredito, Inês :/
Nunca passei por tal, mas deve ser realmente duro.

Rita disse...

Bem, a ti, acontecem-te logo uma "surpresa" a seguir uma à outra :s

Susan disse...

No mundo da moda é tudo muito complicado minha querida s:

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